É muito desgastante!
Além dos prejuízos materiais, do tempo que se perde chamando profissionais de manutenção, procurando os itens quebrados para reposição e depois o tempo novamente investido em provar, argumentar e praticamente implorar para ser reembolsado, você recebe um e-mail de alguém que não tem nenhum respeito com seu problema, nem mesmo é cordial e educado respondendo na língua nativa do local do problema, simplesmente encerra o assunto dizendo que o Airbnb tem todo o direito de ignorar seu pedido, mesmo com todas as evidências enviadas, pois é isso o que está publicado nos termos de serviço da plataforma, ainda que ela também tenha publicado que reembolsará um anfitrião, vítima de um hóspede que não se portou dentro das regras!
Ou seja, quem dá a palavra final é a plataforma e assim encerra-se o assunto!
Entendo que este tipo de comportamento não é aceitável, deixando de lado a arrogância e prepotência de quem atende o caso, isso parece ser um critério estabelecido, o que não podemos deixar passar em branco.
Temos aqui no Brasil, assim como em outras localidades, regras e conduta para serem seguidas, talvez a falta de fiscalização de autoridades que deveriam cobrar enquadramento das plataformas às nossas regras de regulação desta atividade, também de órgãos de proteção dos locadores e também dos locatários, não aconteça por desconhecimento do enorme número de ocorrências, não encontrei nenhum caso que tenha recebido tratamento legal, ninguém judicializou a questão.
Tenho certeza que está faltando isso, denunciar este comportamento abusivo e discrepante com o prometido no momento da adesão à plataforma.
Temos várias bancas de direito internacional e outras especializadas em direito imobiliário, pelo volume de pessoas lesadas e pelas circunstâncias do ocorrido com várias evidências disponíveis, não seria difícil criar jurisprudência e banir definitivamente esta insegurança das locações temporárias.
Entendo que o Airbnb tem uma excelente audiência e traz muitos negócios para muitos anfitriões, mas qual é o real custo X benefício de estar totalmente sem proteção?
O Airbnb é o meu menor canal de negócios, não dou, nunca dei preferência para o Airbnb, tenho acordos com corretores locais, temos aqui em minha cidade uma associação que representa a locação temporária como categoria, investimos em redes sociais como forma de divulgação não apenas dos imóveis, mas das garantias e segurança em locar um imóvel que realmente existe, e está em condições de atender a cada anseio ou necessidade diferente de quem faz uma locação de curta duração. Fazemos contrato, estabelecemos regras previamente informadas antes de fechar a locação, é retido um valor de garantia para cobertura de danos e funciona muito bem, nunca houve nenhum problema sem solução.
Tudo o que se trata antes, não tem que ser rediscutido quando não existe a figura do intermediário. Se existe um intermediário remunerado para isso, é ele quem deve estabelecer o acordo prévio com todos os envolvidos.
Em nosso caso, não é o que está acontecendo!
Já houveram casos diversos que o hóspede também foi enganado, uma propriedade que não existia para locação de fato, ou era muito diferente de um anúncio publicado. Ainda que a plataforma realize uma realocação, é muito decepcionante para quem chega com a família no destino de férias e descanso, e descobre que caiu em golpe.
Entendo que se estamos nos sentindo lesados, devemos buscar mediação, iniciando com uma consulta e em seguida denúncia ao Ministério Público de cada estado.
Se alguém aqui nesta comunidade se interessar em iniciar uma discussão sobre o tema, estou a disposição, este é o fórum mais adequado para o tema, aqui temos interesses em comum, aqui entre nós existe acompanhamento da plataforma em tudo o que publicamos, o que considero saudável, porque devemos ouvi-los também, o que nos coloca em situação de total transparência de nossas ações e críticas como anfitriões. Afinal, sem nossas propriedades, também sem os hóspedes, a maior empresa de hospedagem não é nada, somente uma ideia, somente uma bolha sem ativos.