Constância, que ostenta o actual nome desde 1836, por Decreto Real de D. Maria II, não tem idade. É sabido que este povoado foi ocupado pelos Romanos durante a Ocupação Lusitana, tendo-o denominado Pugna Tagi (luta do Tejo) como que um testemunho da difícil luta contra os seguidores de Viriato.
Constância, vista da margem esquerda do Tejo
Existem vestígios da presença romana nas Ruinas de Alcolobre, no sul do Concelho e na cidade romana Escora, em Montalvo.
Os vários povos que invadiram Portugal ao longo dos tempos alteraram o progressivamente léxico romano, transformando a aglutinação Pugna-Tagi em Punhete. E assim permaneceu até ao Liberalismo em 1836.
Nascida na confluência do rio Zêzere com o Tejo, Constância ganhou um enorme desenvolvimento económico com as actividades ligadas à água: construção de barcos, pesca, transporte de mercadorias e de pessoas de e para vilas e cidades ribeirinhas até Lisboa.
Os rios eram as estradas de hoje e os barcos o meio de transporte mais rápido. Assim se compreende o estabelecimento de importantes homens do comércio e da indústria em Constância e da permanência da corte real e outras figuras importantes como foi o caso do Rei Dom Sebastião, da Rainha D. Maria II, do Rei Dom Carlos, do Poeta Lírico e Épico Luis de Camões, de inúmeros escritores, artistas e outras figuras públicas.
Com o surgimento do comboio e do automóvel, os rios e as vilas ribeirinhas foram perdendo importância.
Embora tenha uma importante actividade industrial, Constância constitui, de per si, uma atractividade para as movimentações turísticas regionais, que o seu património paisagístico, material e imaterial testemunham.
Rio Tejo
Barcos engalanados no dia de Nossa Senhora da Boa Viagem
As festas em honra de Nº Senhora da Boa Viagem, com a Benção dos Barcos vem já do tempo dos marítimos de Punhete.
A região templária - conjunto de castelos e fortificações que constituíam a linha de defesa do Tejo na era da Reconquista Cristâ, é um triângulo formado por: Castelo de Almourol em Vila Nova da Barquinha, antigo Castelo de Ozezere (no rio Zêzere) e pela Torre de Punhete (antigo nome de Constância). A rectaguarda era apoiada por Tomar (Convento de Cristo e Castelo) e pelo castelo da Cardiga.
A Rota dos Templários continua ainda a ter adeptos mesmo em tempos de pandemia, geralmente estudiosos daquele período da história.
Outra rota que poderá ser descoberta é a da 1ª e da 3ª Invasão francesa que fez com que, em 1808 a corte de D. João VI se transferisse para o Brasil. Abrantes, Constância e Torres Vedras são os pontos principais.
Texto de @Pezinhos-No-Rio-Unipesso0 escrito como parte do [Conheça Portugal] Guia de viagem dos membros da comunidade do Airbnb
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