[Festival] Receber hóspedes em uma casa com cachorro

[May]

Este tópico faz parte do Festival de Hospitalidade da CC.

O tópico original foi publicado na Central da Comunidade italiana por  @Maria-Rossella0 e foi traduzido por nós abaixo. 

Bom dia a todos! Sou uma anfitriã (na verdade... modéstia à parte, uma superanfitriã de longa data) e, ao contrário da maioria dos anfitriões, recebo hóspedes na mesma casa onde moro, há décadas, com o meu marido e  o meu cachorro.

Sou filha de um veterinário/treinador e, quando nasci, minha futura cadela, Frida, uma loba, estava aos pés da cama. Dessa forma, cresci em uma casa rodeada de cães e gatos (a psicologia afirma e ensina que aqueles que crescem com animais sempre têm um "quê a mais"), e eles complementam meu caráter, minha vida, meu eu.

A experiência que compartilho é muito debatida nos fóruns e, para muitos, um assunto importante: hospedar, apesar de ter animais.

Eu sempre tive cães e não iria desistir deles de forma alguma; especifiquei tal necessidade e paixão ao meu marido antes de nos casarmos, e ele aceitou de muito bom grado, e NUNCA, seja qual fosse o motivo, eu iria desistir do meu cachorro, NUNCA e... ponto final!

Em 1969, tive meu primeiro cachorro (raça pura, de criador... presente do meu pai); logo, comecei a resgatar somente aqueles "deixados para trás"... e então **tcham**, um lobo de 50 kg abandonado perto de um estábulo (um cão enorme... duas noites depois de chegar, ele "salvou" nossa filha de um ataque, subindo nos ombros do agressor). 

Depois foi o Dylan, um andarilho branco e marrom (em uma caixa na margem de um rio), absolutamente independente e conhecido, no bairro, como o "Duque" devido à sua atitude: o único cão que viajou de scooter e moto/enduro, o único que "fazia caras e bocas" conforme nosso comportamento; e era um caçador: em todos os cantos da cidade, tinha uma possível "namorada". 

Foi, então, a vez de um esplêndido mestiço laranja, Cookie, que veio da região da Campânia... uma alegria, um amor louco... partiu muito cedo. E agora, há quatro anos, o Rex, um pastor alsaciano salvo na província de Lecce, chegou aqui em más condições, uma fortuna para salvá-lo, mas agora está uma maravilha!!!

O Rex… é um anfitrião de excelência, acolhe todos com alegria, cheira os hóspedes, cheira a bagagem, oferece seus brinquedos e, após o expediente, retira-se com dignidade. O Rex é muito mencionado e está nas fotos de nossa conta, com um aviso de que não podemos e não queremos hospedar ninguém alérgico ou que tenha medo; ele é nossa prioridade, não fazemos nada de que ele não possa participar, e, mesmo assim, nossos quartos estão sempre "lotados", geralmente de pessoas que amam animais ou, pelo menos, que "lhes queiram bem"; de qualquer forma, escrevi em todos os lugares que nossos animais (incluindo a Tata, nossa tartaruga encontrada uma noite na calçada, registrada na Prefeitura e que agora vaga pela casa como um cão, cheirando os pés dos hóspedes para conhecê-los... ela é baixa, é o seu jeito!) NÃO é preciso tocar, basta respeitar uns aos outros, e que prestaremos atenção especial para que não incomodem os hóspedes. 

Mas NUNCA, eu disse NUNCA, faça mal a um animal... eu seria capaz de me tornar muito pior, e muito mais feroz, do que um animal em si, porém nunca foi necessário.

Aos pouquíssimos hóspedes que me pedem para prender o cachorro quando forem chegar, eu respondo que há muitos anfitriões sem animais; e para aqueles que me pedem para trazer seu cachorro, sempre digo sim, desde que seja muito obediente... e, sim, é verdade, a limpeza é mais cansativa e requer muito mais atenção e tempo, mas não há amigo ou parente melhor do que um de quatro patas, e limpar a sua passagem é muito mais fácil do que limpar a passagem de um humano.

Posso lhes contar muito mais... façam-me uma visita e batemos um papo!

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