Oi @Laura e demais colegas!
Óia eu chegando pra discordar 🙄
Não considero o carro elétrico, um veículo que faz uso de "energia limpa".
Na minha opinião, isso é fruto de uma análise muito superficial e influenciada por interesses políticos e industriais.
Onde está a "limpeza" de uma termoelétrica, amplamente usada na Europa, EUA e Ásia?
Até mesmo a energia solar faz uso de grandes baterias cujo descarte é extremamente danoso ao meio ambiente, pelas substâncias tóxicas e cancerígenas presentes.
A fonte de energia elétrica mais limpa, ainda assim não totalmente isenta de impacto ambiental, seriam as hidroelétricas, muito usadas no Brasil.
Porém restringir o impacto ambiental ocasionado por um veículo, apenas ao combustível que usa é, no mínimo, irresponsável; sem esquecer das baterias presentes nesse tipo de veículo.
Alguém já parou pra pensar o custo ambiental da produção de um veículo?
Temos a mineração para lavra de minério de ferro, a siderúrgica (alto consumo de energia fóssil ou vegetal para manter os fornos acesos), a grande diversidade de materiais presentes em seus componentes, a toxidade de muitos elementos químicos desses componentes, a extensão e a globalização de sua cadeia produtiva, o crescimento mundial do seu mercado consumidor, a rápida evolução recente de suas tecnologias e de seus materiais que, como consequência, o grande volume de resíduos que seu constante descarte, representa.
Se analisarmos a poluição atmosférica, o segmento industrial é responsável por 40 a 50% das emissões de óxido de enxofre, 50% do efeito estufa e 25% das emissões de óxido de azoto (MAIMON, 1993). Com relação à água, a indústria responde por 60% da demanda bioquímica de oxigênio e do material em suspensão e 90% dos despejos tóxicos (OCDE, 1992).
Tenho um jipe 1996, movido à diesel. Muitos o consideram um veículo obsoleto e poluidor, um "inimigo da natureza".
Faço aqui um pequeno raio X dele.
Extremamente forte e robusto, não demanda praticamente nenhuma manutenção. Com sua engenharia "antiga" praticamente 100% mecânica, permite o uso de "reparos" para o conserto de tudo que nele existe, não demandando a sumária substituição de componentes e sistemas inteiros, como se pratica nos veículos modernos, onde tudo é "blindado".
Sua robustez e simplicidade também permite ser um veículo que "atravessa gerações".
Isto significa menos produção industrial e menos descarte
Então vamos fazer as contas...
De 1996 pra cá são 26 anos. Levando em conta que hj em dia os veículos são descartados com 5 anos em média, enquanto eu permanecia com meu "dinossauro", outros já trocaram de carro umas cinco vezes. Ao longo desses 26 anos de existência, a indústria produziu 5 novos veiculos para cada usuário.
E é o meu jipe, o grande poluidor!!!
Fala sério, né???!!!.
Observem que a indústria de veículos elétricos não vem com uma proposta de um kit para a transformação dos veículos existentes, a "solução" para reduzir o impacto ambiental é a radical substituição de todos os veículos em circulação no mundo!!!
Alguns países já até instituíram data limite para o uso de veículos à base de combustível fóssil.
Muito conveniente, não acham???
Minha opinião...