Sério, pessoal, ser concorrente não é sinônimo de ser inimigo, nem ser parceiro é o antônimo de ser concorrente.
Claro que um anfitrião que oferece uma cobertura no Leblon não é meu concorrente, pq eu ofereço um quarto com banheiro em Botafogo. Mas outros que têm ofertas parecidas com a minha são, sim, meus concorrentes.
O que me parece haver no Airbnb e, talvez, em todas as plataformas de "compartilhamento", é uma concorrência colaborativa.
Se o mercado cresce é bom para todos, se eu tenho um pedido e não posso atender, melhor que alguém do airbnb (amigo meu) atenda e bem. Por isso, diferente da concorrência tradicional, ninguém quer, exatamente, esconder seus diferenciais do outro e muito menos quer que o outro se dê mal. Isso gera uma mudança na forma de compreender a palavra concorrência.
Porém, sempre que fico sabendo qeu pessoas que têm oferta parecida com a minha estão com reservas e eu não, me sinto concorrendo e, pior, perdendo a concorrência. E se pintar um hóspede que eu possa atender, vou valorizar o meu espaço e atende-lo para ser escolhida em detrimento de outros.
Obviamente, como pessoa, fico feliz quando todos têm hóspedes, mas como anfitriã que precisa do dinheiro do aluguel, vou analisar pq uns têm e outros não tem hóspedes e vou torcer por mim primeiro.
Isso não significa que eu não serei amiga dos outros anfitriões (realmente, os encontros são fantásticos e as pessoas todas muito generosas), também não significa que não vou ajudar outros anfitriões com dicas, sugestões e qualquer outra coisa que precisarem de mim (adoro ajudar), mas é preciso ver o mundo menos cor de rosa e, também, menos dicotômico, como falei no iníco do texto.
Colaboração, sempre! Concorrência colaborativa é perfeito. Amizades são sempre bem vindas. Apoio e troca também.
Mas somos, sim, concorrentes. Assim como somos parceiros.