Hóspede pedindo reembolso total

Nisiane0
Level 1
Florianópolis, Brazil

Hóspede pedindo reembolso total

Olá, boa noite pessoal, espero que estejam todos bem.

Queria saber se já ocorreu com vcs de um hóspede pedir reembolso total?

A situação foi a seguinte, um casal de chilenos de 20 anos (vivendo e aprendendo, não aceito mais) fizeram reserva do dia 10 a 14, busquei os mesmos no aeroporto pq alegaram não estarem conseguindo transporte, ou seja fui do sul ao norte, em sinal da minha boa vontade, pareceram um casal incrível, deixei eles no apto, aí acabei mostrando tudo, pq uso check-in tudo remotamente, deixei eles acomodados. Na 2ª noite o querido se trancou no banheiro, prontamente mandei "resgatarem ele", tive a porta arrombada, entendi que não foi culpa dele, na minha santa ingenuidade, aí no dia do check-out, minha faxineira foi até fazer a faxina de praxe e pasmem o apto estava podre, lixo por toda parte, pontas de cigarro, resina de maconha nas cubas, todas as louças do apto sujas, roupa de cama manchadas, que mesmo após duas lavagens na temperatura mais alta, continuaram manchadas, isso sem contar o fedor de cigarro, sendo que não aceito que fume.

Entrei em contato com ele para resolvermos e cobraria somente uma taxa extra por tudo isso, perguntei se queria pagar ou se tinha que acionar a plataforma, isso eu acreditando que ele era uma pessoa honesta, ele obviamente não me respondeu e horas depois recebo um e-mail do Airbnb, dizendo que ele queria o reembolso pois não teve água quente, o que é mentira, que tb teve uma experiência horrível ficando trancado (o que concordo) porém agora sei que ele usou de má-fé, ele fez de propósito, falou que o apto não tinha estrutura e que era velho, que fui uma péssima anfitriã, estive a disposição todo o tempo, meu apto é novo, acabei de colocar esse na plataforma, ele foi o 1⁰ hóspede de lá.

Gente tô incrédula e morrendo de ódio, ainda não consegui dormir.

Enfim, mandei tudo para o Airbnb, não sei como funcionará, espero que ele não vença essa disputa, pois é um baita pilantra.

Ah, vcs fariam BO?

P.S. Gente nem sei se fui clara nesse relato,digo se me fiz entender, pois já não estou mais nem raciocinando. Se alguém quiser me chamar no whats para conversar * (nem sei se pode, pois sou nova aqui)

Obrigada e excelente noite!

 

[Dados pessoais removidos por motivos de segurança e de acordo com as Diretrizes da Comunidade]

7 Respostas 7
Denise583
Top Contributor
Carrancas, Brazil

Oi @Nisiane0 

Seja bem-vinda!

Que situação, hein???!!!

Mais cedo ou mais tarde, todo anfitrião tem seu "batismo de fogo".

Esse foi o seu!

Daí podemos tirar 2 lições. 

A primeira será eu te passar o que chamo de "mantra", coisa que aprendi ao longo de 6 anos como anfitriã do Airbnb. 

"Começou errado, fatalmente vai terminar errado".

Colega, vou ser bem franca, você é anfitriã não motorista, não tinha nada que buscá-los no aeroporto. 

Quem viaja tem que se organizar com todas as etapas, como hospedagem, translado, alimentação, passeios e etc.

Com isso "vc abriu a porta, o hóspede meteu o pé, entrou e fez o que quis

Imagina se algum acidente ocorre no caminho? Consegue imaginar o tamanho da barafunda que teria se metido?

 

A segunda é desabilitar a Reserva Instantânea, caso faça uso. Assim o hóspede precisa enviar um Pedido de Reserva e vc tem tempo de analisar as avaliações dos anfitriões anteriores. 

E no caso de ser hóspede novo, ainda sem avaliação, eu procedo da seguinte forma. 

Antes de aceitar o pedido, envio a seguinte mensagem. 

"Oi "fulano", vi que vc é novo no Airbnb ainda sem avaliação, sendo assim gostaria de saber se você conhece a dinâmica do Airbnb que é cuidar do espaço como se fosse sua casa, se leu todo o anúncio e, principalmente,as Regras da Casa e se está de acordo com elas. 

Estando tudo certinho e entendido, passo ao fechamento da reserva. 

Fico no aguardo".

Isso faz os desatentos relerem o anúncio e dá uma "trava" nos maus intencionados.

Te digo, isso já me salvou de poucas e boas.

 

Outra coisa que a experiência me mostrou é que, no Airbnb, ganha a disputa quem primeiro faz a denúncia. 

Um anfitrião precisa estar com o "desconfiômetro" sempre ligado e antever possíveis BOs. 

Não deixe que uma situação irregular se torne algo ainda pior.

Não passe pano, não espere... ao primeiro sinal de alerta, entre logo em contato com o Suporte, reportando o ocorrido e solicitando orientação de como proceder.

Isso já deixa um registro que antecederá ao contato do hóspede, desacreditando qqr tentativa de denúncia por parte dele. 

 

E nos casos extremos, sempre tem o Aircover para cobrir esse tipo de prejuízo. 

Fazendo tudo certinho, preenchendo os formulários e anexando provas, há grande chance de vc ser ressarcida.

 

Qto a fazer BO, acho que será inócuo uma vez que são estrangeiros e, para isso, vc precisa dos dados pessoais do hóspede. 

Não sei se para o acesso ao seu prédio, é solicitado cópia de documento de identidade, mas caso não seja, o Airbnb não os fornecerá.

 

E pra finalizar, não deixe que esse mau comportamento do hóspede, passe em branco. Faca uma avaliação detalhada e honesta para alertar futuros anfitriões. 

Esse é um dos mecanismos mais importantes para fortalecer a Comunidade e preservar a nós, anfitriões. 

 

Então colega, espero ter ajudado. 

Na torcida para tudo terminar da melhor forma possível. 

Nos mantenha atualizados. 

Maristela47
Level 3
Rio de Janeiro, Brazil

@Nisiane0 , boa tarde.
Eu vivi isso com o último hóspede, um norte americano, que fotografou partes que não eram reservadas a ele e enviou para o AirBnB, mentiu sobre a minha casa, e ainda pediu reembolso total. Tudo por "vingança" por ter sido rejeitado.
Esse cara reservou de 11 de dezembro e ficaria até março. De cara achei estranho ele alegar "problemas com o APP UBER" e me pedir pra buscá-lo no aeroporto, mas como eu havia mencionado já ter feito isso, superei. Lá mesmo eu "senti" algo errado quando ele segurou minha mão, mas relevei "tô viajando".

Chegando aqui em casa, avisei que havia deixado cervejas para ele no frigo bar do quarto e que poderia tomar banho quente no banheiro da frente ou a ducha frio no banheiro privativo. Depois servi o almoço que eu já havia preparado e deixado a nossa espera: eu o acomodei em uma das cabeceiras e me sentei na lateral ao lado da outra cabeceira de uma mesa de seis lugares. Qual não foi a minha surpresa quando ele mudou de lugar e se encaixou grudado em mim. O cheiro dele me incomodou demais quando ele chegou perto, fora a surpresa e a "pressão por contato físico (como no aeroporto). Foi muito desconfortável e por isso mesmo a única vez em que me sentei com ele.
Como não é só por dinheiro, mas também para conhecer pessoas, fazer amigos, resolvi relevar novamente, poderia ser uma questão cultural (??? Americanos calorosos e emocionados??? Óbvio que não, mas enfim...). Decidi não atrapalhar as férias do cara.
Perguntei se as plantas estavam incomodando, pois eu poderia retirá-las e ele respondeu que não, até sentiria falta se tirasse.
Eu fumo cumbaiá, que é fumo misturado a pétalas de flores, ervas usadas em tisanas... e como tenho varandas, prefiro fumar ali - Mais um choque que fez meus olhos quase saltarem da órbita: Ele estava deitado no meu sofá de quatro lugares, olhando a varanda, usando tão somente uma leve cueca samba-canção!!! A morte é mais suave...
Eu me chamei de "careta" 200 vezes em pensamentos e me impus naturalizar o que pra mim era um desaforo.

No dia seguinte o levei ao Centro para trocar dinheiro e eu comprei um chip pra ele no meu cpf por que ele não conseguia adquirir um (e a conta continuava em aberto depois que ele saiu daqui. Eu pedi que cancelassem o serviço). Foi um momento chato tê-lo ao meu lado... A forma dele falar comigo...

Na manhã seguinte, estou na cozinha e ele "surge", talvez atraído pelo barulho, usando a famigerada cueca! Que horror... Nesse dia fui convidada pra sair pra danar com ele. Recusei.
Um enorme inconveniente se iniciou, talvez na terceira ou quarta noite: A necessidade que ele tinha de me tocar, sugerido que eu precisava de uma massagem e que ele poderia fazer. Não sou capaz de descrever o nojo que senti em cada uma das vezes. Era sobre o cabelo, sobre minha voz, sobre meu humor, sobre meu corpo... "I like it"... Aff, "que ódio" eu me senti em um balcão expositor sendo analisada pelo freguês! A fala, comungada ao olhar, com a linguagem corporal... Talvez mulheres me lendo consigam entender e até sentir, mas de verdade eu queria que homens entendessem: Qualquer palavra diferente de um  SIM, é NÃO!

Sobre o banho, ele decidiu que tomaria todas as noites na minha banheira e deixava o banheiro alagado, mesmo eu tendo deixado um esfregão mopi ali. Em certo momento eu o flagrei indo pro banho: ele ia só com a toalha ao redor do quadril, não enrolada, mas juntada por uma das mãos, segurando-a quase como se fossem rédeas... Não tenho certeza de ter conseguido ser clara ao descrever; achei um arquétipo tão agressivo encontrá-lo na porta do meu quarto assim que ainda não sei sequer dimensionar minha sensação.

Eu decidi não conviver mais e me comunicar por mensagens apenas.
Também decidi passar a pedir que ele secasse o banheiro e que não virasse as ventosas do tapete de piso para cima, ou que colocasse pra baixo antes de sair, porque tinha agarrado no meu chinelo, quase me fazendo cair.
Em menos de um mês ele lavou três máquinas de roupas, cobrado por fora, e ele não pagou nenhuma, além de se servir livremente do que encontrasse na cozinha (mesmo comprando suas coisas e levando para o seu quarto.
Por isso eu "sumi" com a tampa da banheira; achei desaforo.

Todo o tempo eu ficava no meu quarto.
De manhãzinha, antes dele acordar, eu limpava a área comum, fazia meu café e voltava para o meu cantinho.

Resultado final?
Ele saiu sem me avisar que estava indo embora e já fora daqui me denunciou para o AirBnB, pedindo reembolso (e conseguiu). Fotografou as plantas que ele queria; a parte dele que eu não tinha acesso e ele não limpava pra dizer que o lugar estava sujo; fotografou a minha privada, do meu banheiro, grafitada por vizinhos artistas plásticos e questionou as condições, e alegou que eu sou drogada e que parei de falar com ele e tratá-lo bem por que ele se recusou a fumar maconha e beber comigo. É mole? 

Quando o Suporte do AirBnB entrou em contato (um homem, falando na língua do hóspede agressor) eu fiquei sabendo da partida e da denúncia - Claro, e também.
Quando eu denunciei a violência sofrida, que aqui no Brasil é tão grave que cabe Registro de Ocorrência, o AirBnB não falou NADA! Não me ajudou em NADA!
O macho branco, tarado, machista, assediador, que chega em busca de turistar sexualmente se dá bem e a plataforma sequer averígua a denúncia da vítima.
Foi essa a realidade que eu senti na minha pele!
Em seguida outro homem se interessou  pela vaga. Acho que o aceitei para, terapeuticamente, tentar superar. Porém, confesso que eu não esperava me deparar com isso, nem enfrentar a absoluta omissão da plataforma diante da minha voz e ainda penso em sair da plataforma e aceitar o convite de uma amiga jornalista, sobre fazer uma matéria a respeito desse abuso sofrido.

Eu me sinto ferida e prejudicada por um macho-alfa rejeitado e vingativo tanto quanto me sinto agredida pela postura vexatória de uma plataforma que não se demonstrou tão atenta e comprometida quanto eu precisei que tivesse sido.

 

Regina1105
Top Contributor
Brasilia, Brazil

@Maristela47 Sinto muito que você tenha passado por isso! 

 

Nós, mulheres, estamos sempre sob risco, em qualquer parte do mundo, por causa de tipos deploráveis como esse que você hospedou. E o pior, sempre caímos nessa armadilha de, até certo ponto, achar que os fatos são fruto de nossa imaginação. Lamentável tudo isso e a postura do AirBNB é, de fato, revoltante!

Laura
Community Manager
Community Manager
London, United Kingdom

@Maristela47 , sinto muito mesmo pela sua experiência.... 

 

Lendo o seu relato acho necessário levar isso para frente para que o seu caso seja reavaliado. 

 

Você tem um ticket aberto ou ainda está em contato com a equipe de atendimento sobre isso?

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Maristela47
Level 3
Rio de Janeiro, Brazil

Laura, minha querida - Que alegria te reencontrar! Da última vez em que nos falamos eu lembro de ter combinado ir a um bar que conhecemos para gravar e postar aqui - e durante essa missão fui "obrigada a exercitar o desapego", Fui roubada! Só não levaram a minha roupa, de resto, até a dignidade se foi, porque eu implorei e chorei como se fosse capaz de convencê-los - Puro suco de Hell de Janeiro. Fiquei deprimida, sem vontade de nada, acessava a internet pelos equipamentos de vizinhos, perdi trabalho... Um caos! Mas embora soe como uma tragédia, acredito que seja a conclusão de um processo que começou na fase em que nós duas nos falamos pela primeira vez: definitivamente, o lema de 2025 é limpar os escombros e recomeçar de novo, do zero, depois de depurar toda uma vida, em todos os aspectos. Um ciclo tenso, denso e intenso...

Com relação a essa experiência horrorosa que vivi de 11 de dezembro até o dia 06 de janeiro, um representante do Airbnb (acho que chamado Neil)  me contactou e comunicou a denúncia que sofri e o pedido de reembolso. Esse cara ignorou solenemente TUDO o que eu disse com relação ao "figura" que estava aqui! Poderia não ter entrado em contato e teria dado no mesmo - Na verdade, não: teria sido melhor para mim do que aquilo se ele não tivesse me contatado como uma máquina (tal qual fez). Mais um homem fazendo a "homice" de ignorar a voz de uma mulher agredida... Achei um babaca, desculpe! Sem empatia, destituído de sensibilidade e profundo como uma colher de chá-inglês. Máquinas são mais técnicas que seres vivos e nem por isso são melhores no trato humano: se essa é abordagem treinada para atender denúncias de assédio, implementem a IA, talvez nós mulheres nos sintamos mais amparadas! Como arauto do direito adquirido pelo macho branco norte-americano, agressor, mentiroso e tarado, ele foi ótimo. Se era só essa a intenção, então ele é um sucesso representando a empresa.

No dia seguinte eu tentei um canal de comunicação, relatando o caso. Após alguns minutinhos ninguém havia me retornado ainda e algo aconteceu no meu entorno, me dispersando do atendimento por algum tempo. Não me lembro o que houve e nem quanto tempo passou exatamente, mas quando olhei o app novamente, o atendimento estava encerrado por falta de contato da minha parte (???)! Eu senti raiva pela terceira vez e pelos mesmos motivos: os abusos, prejuízos e mentiras do tal gringo. O relato de assédio de um turista a uma mulher que mora sozinha merecer tamanha "desimportância"  foi algo que me chocou e ainda não me sinto confortável aqui depois disso... Por um lado penso em ir embora para outro site, divulgar o ocorrido na imprensa pra alertar outras mulheres, e, ao mesmo tempo, esbarro na intimidação de me expor tanto... Dificil até reagir... Pode ser só pra mim, não sei, mas é como sinto - estou sentindo nesse momento. Em fevereiro chegará o próximo hospede. Como eu disse, meu sim para hospedá-lo é uma tentativa de não "cristalizar o trauma", mas confesso estar apavorada...

Eu agradeço imensamente por sua atenção e seu zelo; diminui a sensação de abandono, de exposição... Desculpe os eventuais erros de digitação; ainda fico nervosa com esse assunto e prefiro não ler antes de apertar o ENTER para a disposição não murchar! Quando se tem a certeza de que nada acontecerá, desistir passa a ser uma ideia razoável - NÃO SENDO, eu sei! Agressores, violadores aprendem que a tática dá certo exatamente ao perceberem que suas vítimas desistem. Enfim, tantas coisas passam pela minha cabeça. Isso sem falar da destinação já traçada para o dinheiro, e todo o remanejamento necessário. Muito difícil...

 

Sinceramente eu não acredito na redução de nenhum dos prejuízos que sofri, nem o material e nem o moral. Ainda espero ouvir recomendações que corrigem e criticam a minha postura e sequer mencionam a conduta de cafajeste, adotada contra mim, ou a negligência do portal diante da necessária apuração que jamais aconteceu - Mas o mais grave na minha opinião é que a postura adotada pela plataforma nesse contexto deu a certeza de sucesso a quem agiu de má fé e com isso ele pode agir assim novamente.

É impossível esse homem  não saber que forçou MUITO a barra comigo e que isso me repeliu do convívio... Por mais atormentado que ele seja! A postura dele era tão a vontade, tão confortável, que de fato me deu a impressão de tamanho desrespeito ser uma métrica normal pra ele. Talvez a "branquitude dolarizada" dele lhe abra portas e pernas, não sei - Mas a postura incisiva contra mim me mostrou isso: "eu quebro sua resistência e me imponho ou te destruo"!

É cômodo para o AirBnB intermediar as partes interessada, se comissionar por isso e "lavar as mãos" nos casos ainda não previstos. O aprimoramento vem exatamente quando acontecimentos deflagram debates, reflexões, iniciativas e atualizações de regras. NADA disso existiu no meu caso.


De verdade: O tópico assédio/importunação precisa ser abordado exaustivamente e mais: precisa nortear a comunicação, além de direcionar estratégias de averiguação!

Confrontar um abusador em sua certeza de impunidade, atacar suas versões machistas, possui um papel educativo.

 

A violência contra nós mulheres, em regra, acontece entre quatro paredes e sem testemunhas. Isso não é novidade e não pode, portanto, servir de limitação para o agir, nem de justificativa para se desconsiderar a voz das vítimas. Ou então assumamos que não evoluímos em nada até aqui. Acareação dos lados, print de conversas em outros aplicativos, análise dos diálogos, questionamentos subjetivos para pegar mentiras arquitetadas, formulados com a expertise de psicólogos... Sei lá, mas principalmente quando envolve o contato de um homem e uma mulher, ambos sozinhos, e esta mulher denuncia uma violência, não dá para o Airbnb simplesmente colocar na conta de "quem denuncia primeiro tem a preferência", não se trata de uma competição; não deveria ser. Tampouco poderia aceitar fotos como se "falassem por si só", ao mesmo tempo, pretendendo uma imagem de eficiência e comprometimento com a verdade, com a defesa da mulher (ainda tão necessária) e com práticas humanizadas.

Quem garantiu ao site que ele não criou o ambiente para fotografá-lo? Ou isso não importa? 

Quase um mês para ele denunciar? Não soou suspeito?

Meu relato não acendeu um alerta? Caramba! Quais são os critérios da avaliação? "É, não gostei da foto. Darei razão a ele"! Foi por isso que o representante do Airbnb que me comunicou a denúncia e o pedido de reembolso, ignorou solenemente TUDO que eu disse e concluiu que o assediador era a vítima? REPITO: UM HOMEM, FALANDO NA LINGUA DO AGRESSOR demonstra o pouco caso com as mulheres.
Não quero polemizar nada, encarem como um desabafo a respeito do que eu sinto. No momento é como consigo enxergar os fatos:

 

1. A plataforma Airbnb chancela a postura sexista de turistas como a desse homem, ao reembolsá-lo diante de uma denúncia feita com fotos que não tiveram sequer o contexto apurado e motivada por eu não ter aceitado lhe servir de empregada, secando chão de seus banhos, e sendo a amante que cozinha, sai para dançar e aceita avidamente as investidas voluptuosas de um "tarado sem noção" e fedido.

Eu cheguei a "me desculpar por não querê-lo", alegando o recente fim de um longo casamento e muito trabalho, como se fosse natural e esperável eu ser obrigada a me expor em justificativas para ser respeitada em meu NÃO - E ele usou isso. Não lembro se na minha avaliação ou na mensagem reservada que ele enviou para mim por último, mas não importa: Isso demonstra quão baixo ele chega no intuito de ferir e revidar. Mesmo "podendo dar o troco", falando sobre o pai alcoolatra dele, que o traumatizou (conversa que tivemos no primeiro e único dia de conversa) eu não farei isso nem para me defender, pelo simples fato de eu considerar essa atitude abominável! É algo que diz muito mais sobre quem fala do que sobre quem é o alvo do comentário; é um completo absurdo nada disso sobressaltar no radar da plataforma. Também é um absurdo nós ainda cairmos nessas atuações ancestrais do feminino castrado, domado, domesticado... 

 

2. O Airbnb de certa maneira "premiou" a esperteza dele que objetivou outro entendimento de cama e café, adicionando contato físico ao combo, mas sendo rejeitado, mascarou seu ressentimento e se vingou. Ele saiu sem dizer nada, me devendo as lavagens de roupa e eu ainda tive que ler do representante do Airbnb que o hospede saiu antes de me denunciar por talvez só se sentir seguro longe daqui);

 

3a. Um homem chega "faminto", demonstrando ao máximo a sua vontade de se relacionar intimamente com uma mulher -( "I like it"🤢 ). Que nojo...:

3b. Essa mulher além de rejeitá-lo sente a necessidade de se retrair para se defender da investida agressiva (SIM, repito: É agressão! TODA a palavra diferente de um SIM significa um NÃO. Todo o NÃO ignorado é um ato de violência)

3c.  A plataforma intermediadora, ao invés de apurar, pune a mulher sumariamente dando causa ao real agressor.

MENSAGEM TRANSMITIDA:
➡️"O Airbnb não está preparado para garantir a segurança de nós mulheres. Isso não é uma prioridade real. Apenas pega bem falar, mas dá trabalho demais implementar";

➡️ "O Airbnb não se interessa em garantir que um hóspede fale a verdade: - Assegure a preferência de quem denuncia primeiro e tire férias de graça";

➡️Seja esperto: estratégia prevalece sobre caráter e ninguém inspecionará alegações e nem confrontará denuncias - menos ainda de gringos  com dólares;

➡️A empresa Airbnb não se importa se alguém está sendo prejudicado, desde que não seja o seu lucro; vale mais evitar a fadiga do que buscar os fatos

♂️"Gringo-macho-alfa, não se preocupe se o que você fala sobre sua anfitriã é mentira";
♂️"Gringo-macho-alfa, não se incomode por ser um assediador escroto FDP, rejeitado: Ela vai aprender a lição por ter aberto as portas e fechado as pernas, te dispensando"!

♂️"Gringo-macho-alfa, não nos importa se isso é justo ou se você deixou despesas extras em aberto, prejudicou, abusou, importunou... Ela é só uma mulher louca, porca, burra, drogada, frigida... que não tem como provar o que você fez. Guarde seus dólares e sorria: Passou um mês de graça, hein - Good boy"


Eu estou realmente muito triste e extremamente constrangida - Mas "ainda estamos aqui", ganhamos indicação para o Oscar e vamos sobreviver. Toda mulher é obrigada a encarar algum ciclo trevoso de violência - E se nada é por acaso, vamukivamu; desistir não é uma opção! Nõs somos as herdeiras das  mulheres que não conseguiram queimar. Nossa luta por respeito é milenar e ainda temos muito a combater. Esse é apenas mais um capitulo detestável e dispensável que evidencia que o machismo está presente EM TUDO e é praticamente indestrutível.

Somos mais mulheres que homens e, mesmo assim, ainda  somos derrotadas no mesmo jogo de sempre!

Mas eu acredito que algum dia não será necessário uma mulher escrever textão público para ser ouvida sobre as agressões sofridas - Ela não as sofrerá!

Os homens terão aprendido que não valem mais do que nós.

Nesse dia teremos o respeito que merecemos!
NÃO É NÃO!!!
💋❣️

Laura
Community Manager
Community Manager
London, United Kingdom

Poxa querida @Maristela47 , fico triste de ouvir isso, ainda mais lembrando da nossa última conversa aqui na CC e a sua animação e felicidade de estar iniciando na plataforma.....

 

Me comovo com a sua história e eu espero que você saiba que nós aqui da CC estaremos sempre de braços abertos pra te receber.

 

Então o seu caso foi arquivado? 

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Maristela47
Level 3
Rio de Janeiro, Brazil

@Laura, eu acho que meu insucesso foi tão completo que sequer consegui abrir um caso sobre o assédio sofrido. Minha conversa foi cancelada por inatividade e ponto! Acho que a única versão é a da denúncia dele contra mim, infelizmente!

Não deveria ser assim, né...

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