Acredito que algum ruído esteja acontecendo ao longo dessa conversa. Se como hóspede interessada/o e não anfitriã/o alguém se posiciona de modo a constranger anfitriões a procederem como seus servidores, ou prestadores de serviços, me perdoem. Quem tem a grata possibilidade de ter as duas experiências de hóspede e anfitriã, como no meu caso, creio que pode acrescentar algo.
Já tive pessoas agindo de má fé, entrando escondida nos carros diretamente pela garagem, sem ser identificada na portaria. Deixo meus apartamentos sob a responsabilidade temporária de uma pessoa, o hóspede que faz a reserva. Minhas coisas estão lá, as famílias que residem no condomínio, meus vizinhos deverão conviver por alguns dias com pessoas que não sabem de onde são... Confiaram em mim e eu sou a responsável por eventuais problemas que qualquer hóspede venha a provocar. A depender do problema, posso responder solidariamente a um processo judicial. Pois bem. Não somos pessoa jurídica na maior parte dos casos. Não temos respaldo legal particular para nós guarnecer de eventuais problemas do uso indevido de nossos espaços. Não temos capital de giro suficiente para pagar segurança, serviços de portaria, e outros serviços que são oferecidos em hotelaria.
Se isso é o que nos diferencia dos hotéis, não nós esqueçamos que falar que outros países são melhores do que aqui é no mínimo uma falácia... Desconhecer que pecamos pelo excesso é o mesmo que dizer que as leis que protegem inquilino e proprietário são ruins por serem fartas, detalhadas e rígidas. Melhor seria não ter lei alguma?
Bom, no meu caso eu cobro por cabeça. Deixo claro nos anúncios que são proibidas visitas sem minha prévia autorização. Se alguém precisar ficar para dormir, que pague. Eu vou preparar mais uma acomodação, ou disponibilizar toalha de banho etc.
A casa é minha. Minha casa, minhas regras.